sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Pop Lisbon


Ao longo da Avenida da Liberdade corre uma sequência de 14 esculturas em aço, de grande escala, criadas por um dos mais ilustres artistas pop de sempre: Robert Indiana. A par de nomes como Andy Warhol, Tom Wesselmann ou Roy Lichtenstein, Robert Indiana é um dos artistas de referência da arte pop norte-americana das décadas de 60 e 70. A linguagem é a sua matéria-prima, sendo célebre a sua obra ícone, "Love": a imagem da palavra Love a encarnado, verde e azul já percorreu mundo nas mais diversas variações e foi utilizada em selos, capas de livros e discos, tornou-se objecto de culto de skaters e foi trabalhada pelo próprio artista nas suas esculturas em espaço urbano, em cidades como Filadélfia, Nova Iorque, Bilbau ou Taipé (Taiwan). A exposição agora apresentada em Lisboa foi feita para a Península Ibérica (antes ocupou a faixa Prado/Recoletos em Madrid) e constrói um percurso a partir da escultura "Love", frente ao Instituto Camões na rotunda do Marquês de Pombal, seguindo pela Avenida da Liberdade com "One Through Zero", dez esculturas de números em sequência decrescente (com cerca de 2,5 m de altura) e terminando no Rossio com um grupo de três esculturas da série "Love" em diferentes versões: "Love Wall", "Imperial Love" e "Love". Até 29 de Fevereiro.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

As damas de Ferro!








A luta pela presidência norte-americana ganhou uma "estrela"...No combate das fileiras democráticas surgiu no último fim de semana um "peso pesado". Oprah Winfrey apoia o candidato Barack Obama!

Obama tem sido o candidato menos presidencialista, a assumir posições mais fracturantes do que Mrs Clinton na redistribuição da riqueza e na retirada do Iraque. Oprah associa-se assim ao movimento mais "revolucionário" na corrida à Casa Branca.

Interessante ver que Oprah decidiu utilizar o seu "capital político" para realmente tentar mudar alguma coisa "from the top" . A sua intervenção apesar de louvável não tem sido a suficiente para mudar o estado das coisas no caso do combate à pobreza - Esperemos que Oprah utilize mais vezes o seu "capital político" para intervenção incisiva. O seu poder sobre os norte-americanos permite-lhe mudar as "regras do jogo" - Talvez esteja na altura de passar a ser politicamente agressiva!

Obama ganha peso e Mrs Clinton tem um problema! Já não é a única mulher na corrida! Oprah tem o poder de tornar Obama um candidato "feminino".

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Pelo empreendedorismo...Contrarie-se o estabelecido!



Ainda falando na nossa capacidade de destruir o que os outros tentam construir...O Zé pegou muito bem no assunto...Era impossivél em Portugal "levar à falência" três empresas em seis anos. Por cá, o que se diz é "levar à falência" ...mas não será..."arriscar o sucesso"?


Primeiro ponto: "levar à falência" é um termo muito típico do tuga que nunca arrriscou um tostão...e que consequentemente...ficou toda a vida a um canto a ver passar os que "por sorte" ou "por cunha" têm mais sucesso do que ele..Sim, para quem ainda é novo nisto..só há duas forma de sucesso em Portugal que, no limite, se podem combinar - "a sorte" e a "cunha"..


Segundo ponto: partindo da "sorte" ou da "cunha" os tugas conseguem explicar de forma muito rápida ...não o seu insucesso...porque esse não é para aqui chamado!...explicam antes o sucesso dos outros! E ficam tranquilos, porque no limite....mesmo, mesmo no limite, o que importa é explicar o sucesso dos outros..."Como é que o gajo?!!!"


Tenho esperança que, por Decreto, se estabeleça uma nova forma de explicar o sucesso na sociedade portuguesa -a Capacidade de Arriscar....


Ajudava....
P.S - obrigado Rafael Bordalo Pinheiro por teres arranjado este gajo!

Jardim também diz "vou andar por aí!"


Este, ao contrário do que possa parecer, não é o primeiro dia do resto da vida do BCP,nem uma vitória do "capitalista revolucionário" Berardo. O anúncio de Jardim Gonçalves sobre a sua saída da vida quotidiana do Banco vem acompanhado de um aviso: "Vou continuar atento..." o que, traduzido para uma célebre expressão popular...quase com direito a presença no Cancioneiro Geral..., significa "vou andar por aí".


A analogia pode ser interessante. Vejamos, Jardim deixou os seus próximos na Administração do Banco, Santana deixou os seus apoiantes espalhados por vários pontos da direcção partidária, no segundo caso, Santana voltou reeditado fazendo jus ao seu "vou andar por aí"...O que se irá passar com Jardim Gonçalves no BCP? Interessante será agora começar a reflectir sobre qual vai ser a forma de reedição no longo prazo que utilizará Jardim Gonçalves, sendo que para o Day after teremos Filipe Pinhal...


Voltaremos a falar sobre isto dentro de alguns meses...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O circo em "Las Expo"


O jogo já lá está e o Cirque du Soleil (CdS) também passou....o resto ainda não caro Zé!

Mas a semana passada foi marcada em Lx pelo já referido (aqui no Bolas) Cirque du Soleil. Tenho a dizer que é um espectáculo arrepiante...No momento em que estava a assistir a esta "obra de arte" questionei-me várias vezes: Qual foi o espectáculo mais marcante que vi até hoje?...E dos vários que me passaram pela cabeça, todos tinham uma coisa em comum – eram reinterpretações, reedições de grandes originais...Todos já muito batidos mas sempre com alguns rasgos de criatividade...Muito bons...Mas...

Ficava o Cirque du Soleil para comparar...Pois é...Toda a magia, todos os pormenores, foram pensados por estes homens comuns que fazem parte da equipa do CdS...Tudo é construído a partir de mentes criativas...Sem recorrer ao que já todos vimos 101 vezes (mesmo que muito bom) "O sonho de uma noite de Verão" – versão 10001, "La Traviata" – versão 53000045....
O CdS é uma homenagem à criatividade humana...alavancada em tecnologia e música original…Único

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Empreendedores ou Advogados do Diabo

Concordo com as linhas gerais aqui transmitidas pelo Miguel sobre a incapacidade dos Portugueses de acreditarem, investirem e arriscarem nas suas ideias (falta de ideias acho que não é um problema dos Portugueses...). E também acho que os principais responsáveis por este estado de coisas somos TODOS NÓS (eu incluído)...
Todas as semanas na minha aula de empreendedorismo, um convidado na casa dos 30 anos explica como trocou o seu bem remunerado emprego na Delloitte, McKinsey ou Goldman pelo sonho de criar uma seguradora para animais, uma revista para mulheres executivas ou um snack de fruta seca de receita israelita... É apaixonante como aquilo faz sentido na boca dessas pessoas e para 99% dos Portugueses não seria uma ideia antes uma idiotice!
Nos primeiros dias em Nova Iorque, um grande amigo, Sanne, veio-me contar a sua ideia de criar uma loja de gravatas online (chamada Thai Ties)... Na altura era apenas um conceito mas eu não consegui evitar o papel de “Advogado do Diabo” e tentar “destruir” a ideia dele em apenas 10 minutos... Depois quando me apercebi que o tinha conseguido voltei com aquele comentário também típico: “...É pá mas tirando isso, a ideia parece-me bem porreira...” (este também é um clássico Português)! O meu amigo Sanne deu-me na altura uma grande lição de empreendedorismo: “Porque é que tu em vez de destruires a minha ideia não procures construí-la comigo? Como é evidente ela não está perfeita e por isso me apeteceu bater bolas contigo... Se fosse para a destruir fá-lo-ia sozinho sem precisar da tua ajuda...”. Só a título de curiosidade o site já está online e ele está neste momento com 3 investidores em carteira!
Eu considero-me um dos grandes problemas do Empreendedorismo em Português e considero a esmagadora maioria dos meus amigos como grandes problemas do Empreendedorismo em Português (todos querem ser médicos, banqueiros ou idealmente funcionários de Câmara Municipal) tal como considero o Governo um grande inimigo do Empreendedorismo em Português!
Dou voltas à minha cabeça e não encontro forma de dar-mos a volta a isto... Tenho apenas algumas ideias:



  1. Educação – Não faz sentido que Portugal seja um País “pobre” onde toda a gente pode andar a estudar os anos que quiser (quase) “à borla” e ainda por cima ser dos poucos onde os estudantes não trabalham! A cultura dos part-times para estudantes cria um contexto favorável a que estes se juntem para criar empresas (vê-se imenso nos EUA) ou pelo menos criam uma pool de mão de obra qualificada e flexível. Esta fonte de recursos é fundamental para o sucesso de algumas novas empresas (por exemplo hotelaria, restaurantes, lojas, etc). Um exemplo na primeira pessoa: quando estudei na Holanda trabalhei um dia por semana num supermercado porque toda a gente trabalhava pelo menos um dia... Nem comentei com as pessoas em Portugal porque se o fizesse diriam que a minha família passava por dificuldades (justiça seja feita esta situação é mais visível em Coimbra que noutras cidades dos País).

  2. Lei Laboral – A criação de empresas de sucesso implica sempre a criação de empresas mal sucedidas... É estatístico e não há nada a fazer! Infelizmente, em Portugal, se eu criar uma empresa que falha e a fechar corro sérios riscos de ter à perna durante pelo menos 10 anos (o tempo que o Tribunal demorará para tomar uma decisão) todos os meus ex-funcionários altamente protegidos pela nossa lei... Ao não agilizar esta situação, o Estado contribui para a crescente precarização do Mercado de Trabalho (99% das Empresas criadas em Portugal recorrem a esquemas paralelos de emprego).

  3. Mentalidades – Combater a máxima “tipo que criou uma empresa e enriqueceu é um explorador e o tipo que faliu uma empresa é um vigarista...”! Um dos meus colegas Columbia teve a seguinte frase de apresentação no primeiro dia de aulas “Durante os últimos 6 anos criei 3 empresas que infelizmente não funcionaram... Estava sem ideias e por isso vim estudar!”... Digam-me lá se isto faria sentido em Portugal?

Este é para mim o principal desafio de Portugal para os próximos anos... Não é um desafio do Governo é um desafio de todos nós! Chega de Advogados do Diabo...

sábado, 1 de dezembro de 2007

Portugal - India: festa do futebol


Portugal e a India têm relações históricas evidentes. Há muito em comum, aliás bem patente em alguns dos costumes desta cultura, apesar de longínqua.
Acima de tudo, a India é um dos maiores mercados mundiais e uma das potências emergentes, pelo que tudo quanto possa aproximar o nosso pequeno país deste gigante deverá ser valorizado.
O desporto, e em particular, o futebol é uma linguagem mundial que quebra todo o tipo de fronteiras. Os portugueses, hoje em dia, distinguem-se dos demais em poucas áreas, mas o futebol é uma delas. Talentos como Cristiano Ronaldo, Luís Figo, Rui Costa e outros são "produtos" de elevado consumo!! Então por estas bandas hávidas de magia nem se fala!!!
Foi neste espírito que, ontem, em Nova Deli, foi assinado um protocolo entre as Ligas de futebol profissional de Portugal e da Índia, que visa desenvolver o futebol indiano de modo a impulsionar no futuro esta modalidade desportiva neste enorme país.
O protocolo prevê formação nas áreas desportiva, arbitragem e medicina desportiva, bem como o intercâmbio logístico e técnico para equipas de Sub-19 e Sub-16, assim como a criação de academias de jovens e centros de treino.
Um passo que inevitavelmente vai trazer frutos! Em breve veremos!!!
 
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