quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Quando se faz Justiça!

Dia histórico para as democracias e para os povos que condenam todo o tipo de violência!

Penas elevadas - de milhares de anos!! - foram, hoje, aplicadas pelos juízes da Audiência Nacional Espanhola aos acusados pelo atentado do "11 de Março" na Estação de Atocha, em Madrid.
Resultam algumas conclusões relevantes:
1. Um processo judicialmente muito complexo foi gerido em tempo útil, dando aos espanhóis - e em particular às famílias das vítimas - a noção de que o sistema judicial existe;
2. Separação essencial de poderes, porquanto o governo de Aznar tentou fazer o aproveitamento desta tragédia para retirar dividendos políticos, imputando à ETA a responsabilidade pelos factos, todavia a investigação e os tribunais não se (im)pressionaram e separaram "o trigo do joio" confirmando que a origem estava noutros terroristas, desta feita islamistas;~
3. A qualquer acto terrorista - sempre e em qualquer circunstância condenável! - não se responde com terrorismo de estado (Espanha teve os GAL de má memória....), mas com a aplicação da justiça assente em princípios essenciais da dignidade humana que contemplam o direito à defesa mesmo dos inqualificáveis terroristas;
4. A Espanha dá um exemplo ao Mundo: a Bush, desde logo, que por causa de outro 11 - o de Setembro! - criou uma guerra até aos dias de hoje e cujo fim se desconhece; a Portugal que continua imerso em processos judiciais (de menor gravidade relativa) que penalizam tudo e todos os envolvidos, danificando o sentimento de justiça nacional!

Ainda sobre a internacionalização do Ensino Superior


Para quem não percebeu ...É mesmo internacionalização, no mesmo sentido em que falamos da globalização em outros mercados. A Educação é tão "globalizável" como tudo o resto!!


Eu gostava de me focar naquela que outrora foi a "Lusatenas"...E digo outrora porque sou um daqueles cépticos que, no dia em que tentei vender essa ideia ao duro mercado de trabalho, percebi que falava sozinho...Estranho!! Percebi que afinal só era estranho para quem vinha de dentro...


Preocupado, suficientemente progressista e com alguma literatura sobre globalização em cima das costas, investi algum tempo a pensar como é que a Universidade de Coimbra se poderá diferenciar no panorama nacional. Cheguei à conclusão, não brilhante mas óbvia, de que seria utilizando a globalização a seu favor....O que implicaria: mudar imediatamente a missão e ser consequente nas acções. Transformar esta escola numa escola realmente global com pólos espalhados pelo mundo e com especial destaque para a China....

Dirão os crónicos: "já temos muita reputação", " todos reconhecem esta Universidade como a mais reputada do país", "até aparecemos nos rankings" - Então porque é que a Universidade é hoje uma Universidade do Distrito? Então porque é que os alunos não são reconhecidos no mercado de trabalho? Certo, alguns são...diriam Direito, pois mas são tão reconhecidos como os da Clássica, Nova, Católica....O que significa que nem nestas áreas (boas para argumento dos que por lá andam) existe Vantagem Competitiva.....Lembram-se do conceito do Porter...Pois, também se aplica às Universidades, não porque elas tenham que ser empresas, mas porque têm de captar os seus "clientes" - alunos que, no fim do dia, querem o melhor lugar no mercado de trabalho .


Ser uma escola globalizada, no sentido prático da palavra (metade do ano em Coimbra, metade em Xangai, estudantes chineses que procuram a Universidade de Coimbra pólo de Xangai - como primeira escolha pela sua reputação universal, e porque não o pólo de Bangalore? Este é o meu sonho para a Universidade de Coimbra....Quero uma escola tão global como Harvard ou o MIT, quero que Coimbra seja uma cidade internacional e cosmopolita como consequência desta UNIVERSIDADE NOVA - slogan que deveria ser recuperado (que só depende da Universidade - desculpem mas nesta matéria os autarcas são funções suporte!)


Sou céptico mas sou extremamente sonhador....E acredito que a nova versão da página web pode ser um bom príncipio....mas faltam 99,(9)% e mais do que tudo o mindset...Vamos ver




Universidades e China

Habituámo-nos a falar da China sempre em termos económicos: das incríveis taxas de crescimento do PIB chinês à evolução exponencial do EBITDA de alguns colossos chineses...Ficamos impressionados com e pelos números!

Não esquecendo algumas investidas da ASAE no sector da restauração... no próximo ano falaremos da China também pelos Jogos Olímpicos. Mas, raramente pensamos em termos culturais ou educativos. Não tenho presente discursos políticos recentes sobre a "Educação" como oportunidade de penetração no mais emergente dos mercados mundiais.

Pois bem, num país (como o nosso) em que há universidades a fechar cursos por falta de alunos, em que há uma crise indisfarçável no sector privado universitário e, sobretudo, em que são conhecidas as dificuldades de afirmação - linguísticas, logisticas,... - das nossas empresas e dos nossos empreendedores no "Império do Meio" seria interessante abrirmos o mercado universitário (público e privado) nacional aos jovens estudantes chineses.

Como vão delegações comerciais à China deveriam preparar-se delegações reitorais para apresentação das nossas universidades! Os futuros estudantes chineses em Portugal passariam a ser, mais tarde ou mais cedo, interlocutores e embaixadores privilegiados da nossa cultura, língua e, obviamente, iniciativa empresarial com manifesta geração de mais-valias!

Bruxelas é...Europália


Bruxelas é uma cidade que, usa-se dizer, nunca chegamos a conhecer, pois regra geral visitas sucessivas de trabalho raramente permitem investidas de outra ordem. Parlamentares, membros de governos e colaboradores de multinacionais, que acedem não raras vezes à cidade do "Manneken Pis", são unânimes no sentimento de que há encantos jamais descobertos.

Nesta altura do ano, mais que chocolates e BD (não que fosse pouco!...), Bruxelas é sinónimo de Europália.

Para os que tiverem tempo (não foi este o caso!...), segundo pude ler, vale a pena visitar.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

A Banca Islâmica...Não foi inventada por Fernando Pessoa? Estranho



Neste binómio capital - religião há novos motivos para falar. Já não pensamos apenas em financiamento de terroristas!
Eis uma inovação no modelo de negócio tradicional da banca! Já surgido há algum tempo, não deixa de ser interessante como os valores muçulmanos adaptaram o negócio à sua Lei - Sharia -
O juro não existe, apenas existe uma comparticipação em ganhos e perdas negociada caso a caso - uma espécie de sociedade - ex: nas contas poupança, o banco investe o dinheiro e estabelece um limite máximo de lucro distribuível.

Por que não criar outras mutações sobre o modelo tradicional, para conseguir o compliance com quadros de valores diferentes dos que estão definidos pelo modelo capitalista ocidental?
Existem sub-sociedades com quadros de valores suficientemente distintos para produzir alterações no negócio tradicional. Porque não um banco Republicano? Ou Socialista? ....Talvez seja estranho..Mas também era estranho o Banqueiro Anarquista..e afinal ele existe, criado por Pessoa, está no imaginário de todo o "social-capitalista" (decifre-se!)


O velho e sábio banqueiro JP Morgan teve uma excelente tirada (daquelas que podemos aplicar em quase tudo...) dizia ele: "...um homem tem sempre duas razões para fazer o que quer que seja - uma boa razão e a verdadeira razão -....


Penso que este homem dava à altura um excelente contributo para a interpretação do comportamento humano - de tão simples que é o contributo, até nos faz duvidar da sua aplicabilidade...


Eu já tirei as minhas conclusões. Realmente, se ouvir alguém explicar porque fez o que fez - no matter what - estão lá as duas razões de que JP Morgan fala....


Atenção aos mais "desatentos" - não esperem ouvir as duas!!!!OK?


Sobre o que é que era o post? Teria alguma coisa a ver com banqueiros...provavelmente

Bons exemplos políticos



Quando ouvimos falar de políticos (e de política, apesar de tudo) as interrogações sucedem-se...

A imagem dos políticos, em geral, está degradada e existe uma manifesta desconfiança dos cidadãos face à gestão da "res publica". Não é um fenómeno nacional, antes um sentimento que não tem fronteiras e que decorre em muito de uma crise profunda das ideologias que, desde o início da década de 90 em particular, se sente.

Apesar de tudo - e não obstante esta "era do vazio" (Lipovetsky) em que vivemos - gostaria de registar exemplos positivos de uma geração de políticos que comprometidos com a coisa pública apostaram nas novas tecnologias enquanto canais de comunicação e de prestação de contas a quem os elege.

Refiro-me concretamente à Jamila Madeira e ao Carlos Coelho como eurodeputados; ao António José Seguro e ao Jorge Seguro Sanches como deputados à AR.

Agora, pelo menos relativamente aos exemplos citados, cabe aos cidadãos/eleitores escrutiná-los. Opacidade e desconhecimento são falsos argumentos!



segunda-feira, 29 de outubro de 2007

TEATRO: "Cócegas" no Tivoli

Em Lisboa, até 31 de Outubro, às 21.30. Bom teatro em brasileiro com duas actrizes que ganharam notoriedade com esta peça, "Cócegas".

Não sendo discípulas do recém-falecido Paulo Autran - reconhecidamente o maior actor brasileiro das últimas décadas - todavia, Ingrid Guimarães e Heloisa Perissé estrearam esta peça em 2001 e jamais poderiam imaginar que o espectáculo se transformaria num "best-seller" nacional. Até 2005, 1 milhão de pessoas assistiram à peça em várias cidades brasileiras. Foram editados DVD e livro. Acabaram por rever a peça e produzir uma segunda versão das diversas estórias sobre o complexo universo feminino ali retratado.

Por tudo isto - e pelo riso contagiante - vale a pena assistir.

O SOFTWARE-LIVRE COMO CONCORRENTE



Este sábado o caderno de economia do Expresso trazia uma interessante notícia. Nenhuma novidade para quem anda atento, mas de assinalável registo.

Titulava então o semanário que o "Software livre ganha galões" no mercado, apresentando-se como uma opção concorrente ao software proprietário (de que a Microsoft é o maior expoente). Mais se acrescentava: há muito o "open-source" deixara de ser usado apenas por estudantes, autodidactas, ou uma franja de lunáticos, e passou a ser aceite com naturalidade por grandes organizações com negócios de milhares de milhões de dólares", observa Michael Goulde, analista da Forrester e responsável pelo estudo.

Enfim, inquestionavelmente o "open source" é uma solução concorrente, que assume estratégias marcadamente comerciais e que visa ganhar espaço no mundo das empresas e dos utilizadores individuais! Assim, tudo fica mais claro. Ainda bem!

Grave é quando sob o manto do comunitarismo académico e do experimentalismo técnico se vendem outras coisas...

Mais grave, então, é quando em nome de uma suposta poupança de recursos e de uma (não provada) eficácia se convencem os governos e entes públicos a impor pela via legislativa/regulamentar soluções ostensivamente comerciais à revelia das leis do mercado e da concorrência.

Voltaremos ao tema - que está na ordem do dia - mas importa, desde já, sublinhar:


- Será um erro impor dogmas ou recomendar soluções em função apenas da existência ou não de licenciamento, sem observar os custos, riscos e prováveis perdas inerentes às mesmas, tendo sempre um horizonte comparativo;

- Deve valorizar-se a liberdade de opção do utilizador, a interoperabilidade, a racionalidade técnica e económica.

- Imperativo garantir os pressupostos de Segurança, normalização e conservação das aplicações utilizadas;

-Relevância de uma análise cuidada dos custos de implementação, customização e, sobretudo, de desenvolvimento

- As decisões dos entes públicos devem, nesta matéria, guiar-se por um princípio de estricta neutralidade tecnológica. Devem assim ser apreciadas e valoradas as diferentes opções, independentemente de pertencerem a uma determinada categoria de software: livre ou comercial.

Do capitalismo popular ao popular capitalismo







Já lá vai o tempo em que os conceitos e práticas do capitalismo eram só para alguns. A democratização começou com as grandes privatizações dos anos 90, em que qq bom português teve a "sorte" de ganhar uns trocos para as férias de verão. Mas não se ficou por aí....Depois da grande depressão do Capitalismo Popular em Portugal, no auge da crise económica mundial e sem privatizações promissoras,voltou. A Galp e a REN marcou o regresso do "povão" aos mercados de capitais. Um sub-mundo da alta finança merecedor de análise sociológica, onde o inside trading se faz em muitos cafés de bairro..

Mas não ficamos por aqui...Com a segunda vaga de Capitalismo Popular veio o Popular Capitalismo...Como mudámos! Até as avozinhas perguntam aos netos o que acham eles das OPAs, da fusão do BCP com o BPI e dizem o que lhes vai na alma sobre o accionista.

O Popular Capitalismo tem um embaixador - Joe Berardo, mais do que Barroso quando introduzia a palavra défice no dia a dia dos portugueses, conseguiu mobilizar o país para o léxico capitalista. Recordo-me particularmente bem quando em tom de justiceiro dizia - "os portugueses têm o direito de saber o que se passou no BCP..." Por momentos o Comendador baralhou-me: seremos todos accionistas do BCP ou Berardo vai fazer uma dispersão do seu capital no BCP pelo povo português?

Mas bom, bom para o Popular Capitalismo era lançar uma OPA ao Galo de Barcelos.
Se o Capitalismo Popular não enriqueceu materialmente a classe média, pelo menos o Popular Capitalismo enriqueceu culturalmente esta mesma classe

domingo, 28 de outubro de 2007

Aos domingos no Parque das Nações...


O Parque das Nações é, hoje, uma das zonas urbanas mais estruturadas de Lisboa. Sinto-me, pois, enquanto morador, um privilegiado ao poder usufruir de alguma qualidade de vida que subsiste neste espaço.

Quando nos recordamos dos pântanos que caracterizavam a zona oriental de Lisboa, antes da Expo 98, e a inerente degradação ambiental percebemos a relevância do planeamento urbano. A recuperação da relação da cidade com o Rio foi essencial.
Ainda assim me parece que, nos últimos anos, se tem exagerado na capacidade construtiva. A implantação em breve da "cidade judiciária" trará ao local hordas de gente não previstas...Os "arranha-céus" em edificação inflacionarão negativamente a densidade populacional...sobretudo quando deixamos de ver novos projectos verdes: parques, relvados, ...
Hoje, como regra geral aos sábados e domingos soalheiros, é um prazer e sinal de modernidade observar os milhares de famílias que caminham, correm, pedalam ou simplesmente descansam nos relvados e passeio marítimo do Parque das Nações.
Sentimo-nos (pelo menos os que conhecem os parques e os hábitos sociais das grandes capitais europeias) com certeza mais felizes e orgulhosos.
Ficam, todavia, algumas sugestões:
1. Mais segurança, apesar de não haver notícia de alarmismo ou criminalidade, a presença de policia (agora por causa da Presidência da UE que está sediada no Pavilhão Atlântico) é bem vinda e de quem possa evitar a degradação do mobiliário urbano ou dos relvados, mais ainda!
2.Mais bebedouros, porquanto água é vida e em local de elevada prática desportiva a sua existência torna-se imperativa.
3. Mais casas-de-banho, pois nos 3 kilómetros que distam da Expo Sul à Expo Norte apenas encontramos uma instalação sanitária na área norte (e os empresários da restauração não têm qualquer obrigação neste domínio!).
4. Quiosques em regime de concessão com bebidas, alimentos, jornais, ... permitindo o acesso a bens que apenas estão dipsoníveis no Centro Comercial...e que manifestamente não é o mesmo que passear ao ar livre.
5. Instalações exteriores para musculação como se encontram em tantos parques do Mundo.
Ficam apenas algumas ideias, mas decerto a administração da Parque Expo, SA terá consciência de poderá melhorar o que já de si é bom.

sábado, 27 de outubro de 2007

INTERNET SOCIAL


Plazes. Deite uma espreitadela nesta experiência para gerar uma agenda global com local e hora certa. Interessante!...

Académica mais um empate....


Restelo. 17.00 horas. Um clássico do futebol nacional: Belenenses - Académica de Coimbra.


Tarde soalheira. Pouco público a que a transmissão televisiva não terá sido alheia. A Briosa fez uma agradável 1ª parte, que incluiu um golo anulado (duvidosa decisão...). Após o descanso a qualidade do jogo diminuiu e os rapazes não conseguiram criar as oportunidades de golo da 1ª.


Acaba por ser justo, embora insuficiente para a ambição que sempre a Académica deve ter. Esperemos pois que no dia 4 levem de vencida o Estrela da Amadora, em Coimbra.

A voz e as TIC



Agora já poderemos actualizar os nossos blogues a partir de uma chamada do telemóvel. Não acredita?... Então visite o sítio do projecto SPINVOX.

Afinal de contas, o desenvolvimento de ferramentas de voz é reconhecidamente uma das maiores apostas das empresas de TI.

Já imaginou um computador sem teclado?...Pois bem não será nenhuma aberração tecnológicas, mas todos os caminhos seguem esse quase inexorável destino, em que o reconhecimento da voz garante interacção, comodidade e eficácia.


A Microsoft Portugal tem um Centro de Desenvolvimento da Linguagem que é pioneiro em todo o Mundo. Vale a pena conhecer melhor o que está a ser feito: inovação e talento em português prestes a ser exportado para outros países.


É por estas e por outras que o Primeiro-Ministro anunciou, hoje, ao Público: "Portugal está já a exportar mais tecnologia do que importa!". Estamos, finalmente, no caminho certo.

Uma boa ideia: MOBILE MONDAY

No sector das TI a mobilidade apresenta-se como um dos maiores desafios, pelo que os debates e, consequentemente, os investimentos em inovação neste domínio são crescentes.

O MOBILE MONDAY é um excelente exemplo espanhol a seguir. "Networking" que integra o mundo académico (o dinâmico Instituto de Empresa onde já fui aluno), start-ups e operadores móveis.

Em Portugal, temos oferecido ao Mundo bons projectos na área da mobilidade, importa pois não parar.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O Verdadeiro Referendo Europeu


Em tempo de assinalável acordo quanto ao Tratado Europeu os cépticos do costume procuram depreciar o resultado alcançado e abrir mais brechas num tecido político que vai paulatinamente solidificando.


Não poderia estar mais de acordo com Vital Moreira! No incontornável Causa-Nossa põe o dedo na ferida e adianta, lucidamente, em caso de referendo, a pergunta a fazer: "Portugal deve sair da UE?".


Assim resolvem-se de uma vez por todas as questões pendentes: 1) a dos anti-europeístas; 2) a dos apologistas do referendo; 3) a dos euro-cépticos; 4) a dos euro-convictos; 5) a do Presidente da República e, sobretudo, a da própria Europa cuja maturidade necessária não se compadece com permanentes crises de identidade e/ou existenciais.


Antecipa-se aqui, virtualmente falando, o dito acto referendário tomando por referência a sugestão de Vital Moreira. Vote pois na pergunta ao lado!


PARABÉNS FDTI!!



A Fundação para a Divulgação das Tecnologias da Informação celebra no próximo dia 29 o seu 16º Aniversário.

Numa interessante e curiosa iniciativa está, por estes dias, a oferecer um computador portátil ao jovem que melhor - ou de forma mais inovadora - cantar os parabéns. Aproveitem esta oportunidade!

Tive das experiências profissionais e humanas mais enriquecedoras ao dirigir, por quase dois anos (2005-2007), a FDTI.
Conjuntamente com uma excelente e solidária equipa lançámos programas diversos (TIC Pediátrica, Unidos pelo Acesso, Centro Novas Oportunidades, Férias com as TIC, Ecologia e Multimédia, entre outros) que provaram a relevância social e económica das Tecnologias da Informação enquanto ferramentas de trabalho e de inserção.

Estou, pois, cada vez mais certo da relevância que esta entidade pode ter na execução do Plano Tecnológico em parceria com entes públicos e privados, sobretudo pela sua capilaridade geográfica, experiência adquirida e criatividade formativa.

Parabéns, FDTI!

Mens sana in corpore sano

Fazer a Corrida do Tejo é uma experiência fantástica, que muito aconselho.

No passado domingo, com mais 7999 companheiros lancei-me à estrada. Para os que não puderam (visto que as inscrições eram limitadas e esgotaram há tempo) ou não souberam haverá nova oportunidade decerto para o ano. Entretanto outras corridas virão.

Poder aliar a prática desportiva à beleza natural do percurso é um privilégio que poucas cidades no Mundo oferecem. Correr ao longo do Tejo pela marginal - de Algés a Santo Amaro de Oeiras - debaixo de um terno Sol de Outubro é sensacional.

Percorri os 10 km em 00.53.31, o que é um tempo razoável, considerando o contexto...de manifesta ausência de treinos. Acima de tudo, sabendo que a nossa campeã olímpica, Rosa Mota, fez 01.18.20 sinto-me como se tivesse feito os mínimos para Pequim!...

Então, para os curiosos. Para os participantes. Para todos. Confira aqui os tempos.

Associação de Antigos Estudantes de Coimbra homenageia Fausto Correia

Com certeza a primeira de muitas homenagens que o Fausto Correia virá a receber! Já não sendo oportunas serão SEMPRE JUSTAS!

Ver mais em: Campeão das Províncias e Diário de Coimbra

Por falar em impactos...

Em Portugal, por tudo e por nada falamos de impactos. Gostamos de impactar. Há-os de todo o tipo: emocionais, económicos, sociais, políticos,…Nós “vamos a todas” e acabamos por retirar, as mais das vezes, significado ao próprio impacto!

Vejamos então um caso que merece realmente a nossa atenção colectiva: a International Data Corporation (IDC), entidade insuspeita, apresentou, ontem (em 19.10), um estudo global que ilustra o impacto das Tecnologias da Informação (TI) na criação de emprego, na formação de novas empresas, na despesa local em TI e nas receitas fiscais, em várias dezenas de países.

O nosso país não ficou à margem do citado estudo, contendo um dado de assinalável relevo: tomando por referência a Microsoft Portugal concluiu, que, até final de 2007 no nosso país, serão criados, aproximadamente, 41 mil empregos, que representam cerca de 43% do emprego total gerado na área das TI!.

Há “players” nas TI, como noutros sectores da actividade económica, que pela sua dimensão e idiossincrasia geram muito mais do que receitas próprias e dividendos para os accionistas. Constroem verdadeiros “ecossistemas” de proveitos económicos e sociais. Têm efeitos multiplicadores que não estão necessariamente reflectidos nos respectivos balanços analíticos.

Tomando por exemplo a empresa de Seatle é indubitável constatar-se que actua como catalisador em todas as economias nacionais onde está presente! O ecossistema Microsoft – entendo-se como os trabalhadores de empresas e empreendedores na área das TI que criam, vendem ou distribuem produtos executados em plataformas Microsoft – demonstra-nos que por cada euro de receitas da Microsoft, em Portugal, em 2007, as empresas que trabalham com esta (cerca de 4500) receberão 10.6 euros.

Estas empresas do ecossistema atingirão, em 2007, receitas num valor superior a 1000 milhões de euros e investirão 204 milhões de euros em I&D, marketing, vendas e suporte, nas respectivas economias locais. Isto é ou não é impacto?!

Acresce que, conforme aponta o IDC, a despesa em TI em Portugal atingirá os 2,8 mil milhões de euros, em 2007 – com um crescimento de 6,2%/ano até 2011 – gerando um aumento do emprego qualificado, porquanto, este ano, 51% do emprego criado nas TI será relacionado com software.

Deveras impressionante!

Destarte, os incontestáveis resultados do Plano Tecnológico evoluirão na razão directa do impacto que este tipo de “ecossistemas” têm na inovação e na competitividade do tecido empresarial português, assim como na modernização do Estado.

Para responder aos “suspeitos do costume”, o desejável é que a economia nacional pudesse alojar outros tantos “ecossistemas” no turismo, na saúde, na cultura e que, desejavelmente, se alcançasse idêntico impacto com o investimento público!

(artigo publicado no Oje)

O porquê do fundo preto?


Alguns amigos conhecedores do meu (pacífico) fanatismo pela Académica de Coimbra poderiam adiantar este facto como a causa da coisa.

Pois bem, além da atracção estética pelo preto - de que o Académico Doutor Afonso Queiró dizia ser a única cor - existem, hoje, imperativos ambientais que a tal opção conduziram.

Na verdade, quando um monitor está todo em branco o computador consome cerca de 74 watts, todavia se estiver todo preto, utiliza apenas, em média, 59 watts. Embora pareça pequena a diferença se cada um de nós contribuir à sua escala...

A conclusão vem num artigo escrito por Mark Ontkush.

Já agora, porque estamos a usar ferramentas informáticas e como singela homenagem ao mais recente Prémio Nobel da Paz, Al Gore, pela intransigente luta contra as alterações climáticas - para as quais não acordei hoje! - vale também a pena sublinhar a iniciativa Climate Savers Computing lançada pelas mais importantes companhias de SW e HW do Mundo, como a Microsoft, a HP, Dell, por exemplo.

A iniciativa tem como objectivo central a produção de componentes e computadores com uso eficiente de energia, que pretende reduzir 54 milhões de toneladas ao ano em emissões de dióxido de carbono (CO2). Número impressionante: a redução de emissão de CO2 que poderá ser conseguida através do Climate Savers Computing, de 54 milhões de toneladas ao ano, equivale à eliminação de 11 milhões de carros no mundo ou à plantação de árvores numa superfície de 65 mil metros quadrados.
 
Add to Technorati Favorites
eXTReMe Tracker