quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Quando se faz Justiça!
Ainda sobre a internacionalização do Ensino Superior
Universidades e China
Não esquecendo algumas investidas da ASAE no sector da restauração... no próximo ano falaremos da China também pelos Jogos Olímpicos. Mas, raramente pensamos em termos culturais ou educativos. Não tenho presente discursos políticos recentes sobre a "Educação" como oportunidade de penetração no mais emergente dos mercados mundiais.
Pois bem, num país (como o nosso) em que há universidades a fechar cursos por falta de alunos, em que há uma crise indisfarçável no sector privado universitário e, sobretudo, em que são conhecidas as dificuldades de afirmação - linguísticas, logisticas,... - das nossas empresas e dos nossos empreendedores no "Império do Meio" seria interessante abrirmos o mercado universitário (público e privado) nacional aos jovens estudantes chineses.
Como vão delegações comerciais à China deveriam preparar-se delegações reitorais para apresentação das nossas universidades! Os futuros estudantes chineses em Portugal passariam a ser, mais tarde ou mais cedo, interlocutores e embaixadores privilegiados da nossa cultura, língua e, obviamente, iniciativa empresarial com manifesta geração de mais-valias!
Bruxelas é...Europália
terça-feira, 30 de outubro de 2007
A Banca Islâmica...Não foi inventada por Fernando Pessoa? Estranho
Neste binómio capital - religião há novos motivos para falar. Já não pensamos apenas em financiamento de terroristas!
Eis uma inovação no modelo de negócio tradicional da banca! Já surgido há algum tempo, não deixa de ser interessante como os valores muçulmanos adaptaram o negócio à sua Lei - Sharia -
O juro não existe, apenas existe uma comparticipação em ganhos e perdas negociada caso a caso - uma espécie de sociedade - ex: nas contas poupança, o banco investe o dinheiro e estabelece um limite máximo de lucro distribuível.
Por que não criar outras mutações sobre o modelo tradicional, para conseguir o compliance com quadros de valores diferentes dos que estão definidos pelo modelo capitalista ocidental?
Existem sub-sociedades com quadros de valores suficientemente distintos para produzir alterações no negócio tradicional. Porque não um banco Republicano? Ou Socialista? ....Talvez seja estranho..Mas também era estranho o Banqueiro Anarquista..e afinal ele existe, criado por Pessoa, está no imaginário de todo o "social-capitalista" (decifre-se!)
Bons exemplos políticos
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
TEATRO: "Cócegas" no Tivoli
Não sendo discípulas do recém-falecido Paulo Autran - reconhecidamente o maior actor brasileiro das últimas décadas - todavia, Ingrid Guimarães e Heloisa Perissé estrearam esta peça em 2001 e jamais poderiam imaginar que o espectáculo se transformaria num "best-seller" nacional. Até 2005, 1 milhão de pessoas assistiram à peça em várias cidades brasileiras. Foram editados DVD e livro. Acabaram por rever a peça e produzir uma segunda versão das diversas estórias sobre o complexo universo feminino ali retratado.
Por tudo isto - e pelo riso contagiante - vale a pena assistir.
O SOFTWARE-LIVRE COMO CONCORRENTE
Este sábado o caderno de economia do Expresso trazia uma interessante notícia. Nenhuma novidade para quem anda atento, mas de assinalável registo.
Titulava então o semanário que o "Software livre ganha galões" no mercado, apresentando-se como uma opção concorrente ao software proprietário (de que a Microsoft é o maior expoente). Mais se acrescentava: há muito o "open-source" deixara de ser usado apenas por estudantes, autodidactas, ou uma franja de lunáticos, e passou a ser aceite com naturalidade por grandes organizações com negócios de milhares de milhões de dólares", observa Michael Goulde, analista da Forrester e responsável pelo estudo.
Enfim, inquestionavelmente o "open source" é uma solução concorrente, que assume estratégias marcadamente comerciais e que visa ganhar espaço no mundo das empresas e dos utilizadores individuais! Assim, tudo fica mais claro. Ainda bem!
Grave é quando sob o manto do comunitarismo académico e do experimentalismo técnico se vendem outras coisas...
Mais grave, então, é quando em nome de uma suposta poupança de recursos e de uma (não provada) eficácia se convencem os governos e entes públicos a impor pela via legislativa/regulamentar soluções ostensivamente comerciais à revelia das leis do mercado e da concorrência.
Voltaremos ao tema - que está na ordem do dia - mas importa, desde já, sublinhar:
- Será um erro impor dogmas ou recomendar soluções em função apenas da existência ou não de licenciamento, sem observar os custos, riscos e prováveis perdas inerentes às mesmas, tendo sempre um horizonte comparativo;
- Deve valorizar-se a liberdade de opção do utilizador, a interoperabilidade, a racionalidade técnica e económica.
- Imperativo garantir os pressupostos de Segurança, normalização e conservação das aplicações utilizadas;
-Relevância de uma análise cuidada dos custos de implementação, customização e, sobretudo, de desenvolvimento
- As decisões dos entes públicos devem, nesta matéria, guiar-se por um princípio de estricta neutralidade tecnológica. Devem assim ser apreciadas e valoradas as diferentes opções, independentemente de pertencerem a uma determinada categoria de software: livre ou comercial.
Do capitalismo popular ao popular capitalismo
Já lá vai o tempo em que os conceitos e práticas do capitalismo eram só para alguns. A democratização começou com as grandes privatizações dos anos 90, em que qq bom português teve a "sorte" de ganhar uns trocos para as férias de verão. Mas não se ficou por aí....Depois da grande depressão do Capitalismo Popular em Portugal, no auge da crise económica mundial e sem privatizações promissoras,voltou. A Galp e a REN marcou o regresso do "povão" aos mercados de capitais. Um sub-mundo da alta finança merecedor de análise sociológica, onde o inside trading se faz em muitos cafés de bairro..
Mas não ficamos por aqui...Com a segunda vaga de Capitalismo Popular veio o Popular Capitalismo...Como mudámos! Até as avozinhas perguntam aos netos o que acham eles das OPAs, da fusão do BCP com o BPI e dizem o que lhes vai na alma sobre o accionista.
O Popular Capitalismo tem um embaixador - Joe Berardo, mais do que Barroso quando introduzia a palavra défice no dia a dia dos portugueses, conseguiu mobilizar o país para o léxico capitalista. Recordo-me particularmente bem quando em tom de justiceiro dizia - "os portugueses têm o direito de saber o que se passou no BCP..." Por momentos o Comendador baralhou-me: seremos todos accionistas do BCP ou Berardo vai fazer uma dispersão do seu capital no BCP pelo povo português?
Mas bom, bom para o Popular Capitalismo era lançar uma OPA ao Galo de Barcelos.
Se o Capitalismo Popular não enriqueceu materialmente a classe média, pelo menos o Popular Capitalismo enriqueceu culturalmente esta mesma classe
domingo, 28 de outubro de 2007
Aos domingos no Parque das Nações...
sábado, 27 de outubro de 2007
INTERNET SOCIAL
Académica mais um empate....
A voz e as TIC
Agora já poderemos actualizar os nossos blogues a partir de uma chamada do telemóvel. Não acredita?... Então visite o sítio do projecto SPINVOX.
Afinal de contas, o desenvolvimento de ferramentas de voz é reconhecidamente uma das maiores apostas das empresas de TI.
Já imaginou um computador sem teclado?...Pois bem não será nenhuma aberração tecnológicas, mas todos os caminhos seguem esse quase inexorável destino, em que o reconhecimento da voz garante interacção, comodidade e eficácia.
A Microsoft Portugal tem um Centro de Desenvolvimento da Linguagem que é pioneiro em todo o Mundo. Vale a pena conhecer melhor o que está a ser feito: inovação e talento em português prestes a ser exportado para outros países.
É por estas e por outras que o Primeiro-Ministro anunciou, hoje, ao Público: "Portugal está já a exportar mais tecnologia do que importa!". Estamos, finalmente, no caminho certo.
Uma boa ideia: MOBILE MONDAY
O MOBILE MONDAY é um excelente exemplo espanhol a seguir. "Networking" que integra o mundo académico (o dinâmico Instituto de Empresa onde já fui aluno), start-ups e operadores móveis.
Em Portugal, temos oferecido ao Mundo bons projectos na área da mobilidade, importa pois não parar.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
O Verdadeiro Referendo Europeu
PARABÉNS FDTI!!
Tive das experiências profissionais e humanas mais enriquecedoras ao dirigir, por quase dois anos (2005-2007), a FDTI.
Parabéns, FDTI!
Mens sana in corpore sano
Associação de Antigos Estudantes de Coimbra homenageia Fausto Correia
Ver mais em: Campeão das Províncias e Diário de Coimbra
Por falar em impactos...
Vejamos então um caso que merece realmente a nossa atenção colectiva: a International Data Corporation (IDC), entidade insuspeita, apresentou, ontem (em 19.10), um estudo global que ilustra o impacto das Tecnologias da Informação (TI) na criação de emprego, na formação de novas empresas, na despesa local em TI e nas receitas fiscais, em várias dezenas de países.
O nosso país não ficou à margem do citado estudo, contendo um dado de assinalável relevo: tomando por referência a Microsoft Portugal concluiu, que, até final de 2007 no nosso país, serão criados, aproximadamente, 41 mil empregos, que representam cerca de 43% do emprego total gerado na área das TI!.
Há “players” nas TI, como noutros sectores da actividade económica, que pela sua dimensão e idiossincrasia geram muito mais do que receitas próprias e dividendos para os accionistas. Constroem verdadeiros “ecossistemas” de proveitos económicos e sociais. Têm efeitos multiplicadores que não estão necessariamente reflectidos nos respectivos balanços analíticos.
Tomando por exemplo a empresa de Seatle é indubitável constatar-se que actua como catalisador em todas as economias nacionais onde está presente! O ecossistema Microsoft – entendo-se como os trabalhadores de empresas e empreendedores na área das TI que criam, vendem ou distribuem produtos executados em plataformas Microsoft – demonstra-nos que por cada euro de receitas da Microsoft, em Portugal, em 2007, as empresas que trabalham com esta (cerca de 4500) receberão 10.6 euros.
Estas empresas do ecossistema atingirão, em 2007, receitas num valor superior a 1000 milhões de euros e investirão 204 milhões de euros em I&D, marketing, vendas e suporte, nas respectivas economias locais. Isto é ou não é impacto?!
Acresce que, conforme aponta o IDC, a despesa em TI em Portugal atingirá os 2,8 mil milhões de euros, em 2007 – com um crescimento de 6,2%/ano até 2011 – gerando um aumento do emprego qualificado, porquanto, este ano, 51% do emprego criado nas TI será relacionado com software.
Deveras impressionante!
Destarte, os incontestáveis resultados do Plano Tecnológico evoluirão na razão directa do impacto que este tipo de “ecossistemas” têm na inovação e na competitividade do tecido empresarial português, assim como na modernização do Estado.
Para responder aos “suspeitos do costume”, o desejável é que a economia nacional pudesse alojar outros tantos “ecossistemas” no turismo, na saúde, na cultura e que, desejavelmente, se alcançasse idêntico impacto com o investimento público!
(artigo publicado no Oje)
O porquê do fundo preto?
Pois bem, além da atracção estética pelo preto - de que o Académico Doutor Afonso Queiró dizia ser a única cor - existem, hoje, imperativos ambientais que a tal opção conduziram.
Na verdade, quando um monitor está todo em branco o computador consome cerca de 74 watts, todavia se estiver todo preto, utiliza apenas, em média, 59 watts. Embora pareça pequena a diferença se cada um de nós contribuir à sua escala...
A conclusão vem num artigo escrito por Mark Ontkush.
Já agora, porque estamos a usar ferramentas informáticas e como singela homenagem ao mais recente Prémio Nobel da Paz, Al Gore, pela intransigente luta contra as alterações climáticas - para as quais não acordei hoje! - vale também a pena sublinhar a iniciativa Climate Savers Computing lançada pelas mais importantes companhias de SW e HW do Mundo, como a Microsoft, a HP, Dell, por exemplo.
A iniciativa tem como objectivo central a produção de componentes e computadores com uso eficiente de energia, que pretende reduzir 54 milhões de toneladas ao ano em emissões de dióxido de carbono (CO2). Número impressionante: a redução de emissão de CO2 que poderá ser conseguida através do Climate Savers Computing, de 54 milhões de toneladas ao ano, equivale à eliminação de 11 milhões de carros no mundo ou à plantação de árvores numa superfície de 65 mil metros quadrados.