quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Cirque du Soleil em Vegas (e também em Lisboa)

Como “vingança”do Dia de Acção de Graças (o famoso Thanksgiving), uma das mais importantes e únicas celebrações familiares nos Estados Unidos, decidi refugiar-me em Las Vegas um espaço que se caracteriza por jogo e prostituição (com sorte um stripzinho)! Confesso-vos que a expectativas não eram elevadas pelo que decidi incluir na viagem visitas ao Grand Canyon e Death Valley... Pelo meio dois espectáculos marcantes: David Copperfield e Cirque du Soleil.

Vou poupar-vos à descrição do jogo e prostituição deixando apenas duas recomendações em termos de clubes “normais”: Tryst no Winn Hotel (aquele onde se passou o Oceans 13) é sensacional e o LAX no Luxor Hotel (um hotel bem kitsch que mimetiza as pirâmides de Gizé)...

Quanto ao Grand Canyon é engraçado mas está na minha opinião overrated, principalmente se comparado com o Grand Canyon do Yellowstone Park (talvez o mais espectacular Parque Natural dos Estados Unidos). O Death Valley é o mais famoso deserto nos EUA caracterizando-se por estar abaixo do nível do mar, ter estado coberto por água salgada há muitos anos atrás e por atingir temperaturas acima dos 60ºC... Viajar nos mais de 200 Km de deserto é marcante principalmente pelas condições extremas de vida que transmite...

Apesar do Copperfield preencher o meu imaginário desde os tempos de criança, gostava de destacar o espectáculo “O” do Cirque du Soleil por duas razões: 1) foi dos espectáculos mais fascinantes que vi na minha vida, 2) está em Portugal um outro espectáculo do Cirque du Soleil, Delirium, até 2 de Dezembro no Pavilhão Atlântico.

O “O” decorre no Hotel Bellagio (o do Oceans 11) numa sala criada especificamente para o efeito: “O” Theatre. É onsiderado o melhor espectáculo do Cirque du Soleil e os temas principais são fogo e água... Até aqui nada de extraordinário! O que é extraordinário é que mais de metade do espectáculo decorre dentro de uma piscina com mais de 15 metros de profundidade onde mais de 100 actores mergulham (muitos deles ex saltadores olímpicos), dançam, interpretam as mais variadas personagens, sendo apenas interrompidos pela actuação deslumbrante de duas trapezistas sem rede, de dois palhaços (afinal trata-se de um circo) que navegando uma casa flutuante vão entretendo a plateia com um humor simples mas arrebatador e pelo “homem fogo” que inundado em chamas vai desafiando aquele cenário de água. O “O” culmina com um episódio de sonho (este não vou contar porque tenho esperança que o vejam ;)).

Este fim de semana voltei a acreditar que o Circo é o Maior Espectáculo do Mundo... Não conheço o “Delirium” mas se tiverem oportunidade vão lá espreitar que não se devem arrepender... Se forem a Vegas confiem em mim: larguem as slots e dêem um pulo ao “O” Theatre... Este espectáculo é impedível... Depois de ter crescido a ir de mão dada ao circo com a minha mãe desta vez só tive pena de não a ter levado comigo... Viva o Circo!
 
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